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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Relato: Violência obstetríca.


Ei, vc já sofreu algum tipo de violência obstetríca?

Olá queridas!
Você sabia?
1 a cada 4 mulheres já sofreram algum tipo de violência obstetríca.

Tratamento humilhante, agressões verbais, recusa de atendimento, privação de acompanhante, realização de intervenções e procedimentos médicos não necessários são alguns dos itens dessa longa lista.

São diversas situações.

👉O caso Théo.

Bom o primeiro e traumatizante caso da gestação de Théo ñ irei intutular "violência obstetríca" e sim falta de empatia do profissional de saúde.
Ñ citarei nomes e local, e nem irei generalizar profissionais do SUS, pois seria um grande erro, afinal fui tratada cm respeito na maternidade onde tive meu segundo filho.
Esse relato é um desabafo sobre a falta de empatia de ALGUNS 
(digo alguns pois teremos outros relatos) profissionais de saúde.

O RELATO!

Sofri uma tentativa de assalto dentro de um transporte público no dia 02/07 (feriado estatual aqui).
No dia 03/07 tenho um sangramento vermelho vivo, dia 05/07  foi a unidade de saúde pública mais próxima de minha casa.
Ao ser atendida após exame de toque, a médica diz sem rodeios,  "vc está em processo de aborto!"
(Juro que agora, mais de 2 anos depois daquele dia ainda sinto um frio na barriga e uma falta de ar quando me lembro).

As lágrimas começaram a rolar e lentamente fui me vestir.
Com certa dificuldade p levantar e andar devido a dores q sentia, me sentei a sua frente e o fluxo de lágrimas só aumentavam, eu era incapaz de dizer uma só palavra!

A médica escrevia algo, quando parou,  me olhou e me viu ne desmanchando em lágrimas  e disse:

"vamos ser práticas, ok?
Seu corpo está expulsando o saco gestacional,  que provavelmente está morto, e no exame de toque pude sentir o saco já no canal vaginal" , e foi nesse momento que me lembrei das palavras da minha ginecologista dizendo que meu pólipo estava tão grande que já estava no canal vaginal, e parecia uma bolsa .

(Em breve Falarei de meu pólipo ,o que é e como atrapalhou minha gestação) 

Voltando a emergência. ...
Foi nesse momento que eu dei um pulo e disse a medica que não era aborto não....
Eu tinha um pólipo e aquilo q ela sentiu no exame com certeza era ele, ela duvidou, eu tirei meu exame do classificador (pura sorte eu ter levado) e mostrei a ela junto com o desenho que a ginecologista havia feito p demonstrar o quanto era grande o tal pólipo. 

O médica não convencida disse que passaria uma transvaginal para tirar a dúvida. 
Eu achei que seria tudo normal e sairia dali e tudo bem né?

❌Errado!

Fiz o exame, vi o coraçãozinho batendo, chorei dessa vez de alivio por saber que o bebê estava bem,  saiu o resultado e fiquei horas p/ ser atendida novamente, com uma ressalva que eu ñ podia me alimentar e nem beber água. 

Sabe quantas horas eu passei até terminar todo o martírio? 
12 horas, isso mesmo DOZE HORAS sem me alimentar, até quea mesma resolvesse fazer a revisão e passar a medicação p casa.

Resumo da ópera:

A médica achou que eu havia provocado o aborto (coisa comum de chegar ali na emergência  )

Fiquei ali de molho no aguardo de fazer uma suposta curetagem uterina.
Sem falar da forma como fui abordada para falar do suposto aborto.

Ai eu pergunto 
Onde está a empatia de um profissional de saúde desse?

Como falei no início ñ estou generalizando, pois seria um erro ainda maior, mas quem já foi a uma Emergência oobstetríca sabe do que estou falando.

Mais amor, mais respeito, será que é pedir demais? 

Sem dúvida relatar uma dor é sentir um pouco da angústia novamente.

Sem mais...





12 comentários:

  1. Meu Deus!!! A falta do cuidado e da empatia foi longe ainda bem que não foi aborto ♥ Que o Théo esta vivo, muita saúde para voces dois!

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  2. Senhor! É uma falta de respeito agir dessa forma com qualquer ser humano, imagina gestante, quando a mulher está super sensível e com os hormônios à flor da pele. Realmente existem profissionais bem complicados, que não tem o mínimo de empatia. Já vi muitos casos assim e qndo acho que não posso me surpreender mais vejo o seu relato.
    Graças a Deus deu tudo certo né?! Deus é mais! E quanto a essa profissional, reze por ela. Quem sabe Deus com o seu infinito amor e bondade, toque no coração desse ser para que ela mude. Afinal, mesmo médica, até ela um dia pode vir a passar por isso!

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  3. Quem nunca passou por essa situação?
    Infelizmente a falta de respeito e de amor ao próximo é muito grande.
    Seu relato serve de reflexão para todos nesse ano de política.

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  4. A falta de empatia é uma carência do coração humano, ainda e infelizmente e independe da profissão. Sinto muito pelo momento vivenciado por você, graças a Deus vc teve o insight sobre o tal polipo e não seguiu ouvindo a tal médica! Apesar dos transtornos; deu tudo certo no final.

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  5. Gente, que absurdo.
    Fiquei realmente chocada com seu relato e com essa pessoa (que de profissional não tem nada, né).
    Que bom que tudo deu certo, mesmo com essa situação!

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  6. Isso é realmente uma falta de respeito com o próximo, é muito triste quando sabemos de relatos como esse, o que mais me revolta que tem esses tipos de profissionais estão aí trabalhando, bjs.

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  7. Que situação dramática, imagino o seu desespero. Infelizmente existem médicos e médicos, para quem trabalha nessa área, de lidar com vidas, deveria no mínimo ser mais solidário ao próximo, tratar os pacientes com mais sensibilidade.

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  8. Que falta de empatia deste profissional de saude. Quanta frieza. Lamento que teve que passar por isso.Mas seu relato servirá para ajudar muitas pessoas a se conscientizar sobre o que é uma violencia obstétrica e nao deixar isso acontecer mais com elas. Isso nao é normal. Mais amor por favor.

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  9. Estou muitooo desinformadaaa, nem sabia desse modo de agressão! Estou chocadaaa
    Pony Random
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  10. Nossa! Nao sabia sobre esse tipo de agressao

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  11. Nossa infelizmente nesse mundo existe pessoas de todo tipo profissional ou não, são uns "monstros" as vezes.
    Eles acham que quando vamos ao hospital é porque amamos, mas não , é o pior lugar do mundo e ainda é tratado desse jeito, que horror
    Bjs

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  12. Sofri algo parecido no comecinho da minha e foi um susto e tanto, sem falar no parto onde ao ser obrigada a parir normal mesmo n dilatando e passando mais de 24hrs em trabalho de parto sem água, sem cobertor num frio do caramba, com uma enfermeira super debochada e sem empatia alguma e na hora de meu filho vir a médica fez uma manobra pq eu n tinha passagem e quebrou a cravicula dele e deu um jeito no ossinho da bacia. Hoje ele é perfeito graças a Deus mas poderia ter sido muito pior se tivesse atingido um nervo.

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